Todo o mundo que viveu os anos 90, (yup estou a fazer parte
dos “cotas”), conhece esta famosa “pérola”, quiçá “diamante”, da televisão
portuguesa. E o mundo é realmente pequeno meu povo. É tragédia, é desastre, é o
fim do mundo, mas depois fica tudo bem. Pois, eu sou dada ás declarações
enigmáticas e principalmente com duplo sentido – fica no ar.
A vida é um pouco assim, uma novela mexicana, drama a toda a
hora e desastre que não tem fim. Eu sinto que me encontro constantemente no
olho do furacão, e que os olhos verdes desse monstro, que me assombra,
seguem-me como uma sombra. É ai que me escondo, refugio-me do mundo em mim
mesma, e ninguém sabe de mim ao certo! Bem ultimamente tem sido assim, perdida
no meio duma tempestade, sem guarda-chuva e completamente desorientada.
Respirei fundo, abstrai-me por momento e reencontrei o meu equilíbrio
espiritual.
Uma coisa é certa, a vida não tinha graça nenhuma se não
houvesse um bocado de drama, uma pitadita de tragédia e um horror semi-cómico
para aliviar as tensões atmosféricas. O importante é agarrar um guarda-chuva
antes de sair de casa (com força), e esperar que a tempestade passe, porque
chuva é só água, molha mas seca. Dor é só um sentimento, com o tempo passa e
algo de bom nasce no seu lugar.
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Seria mais feliz se conseguisse trazer paz à vida das
pessoas que me rodeiam (mesmo as que não o merecem)? Era, porque trazer
felicidade faz-me feliz. Mas cada um lida com a sua tragédia á sua maneira, e
depois de todo o horror que prossegue um drama shakespeariano só uma coisa é
certa: pior não fica. Por isso força e agarrem-se onde puderem.
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