Parece que pelo menos uma vez por ano volto a colocar-me
esta pertinente questão, e podia ser tudo muito perfeito não fosse este
pensamento a razão do meu tormento e da minha constante infelicidade e
insatisfação. Menina decide-te duma vez! Escolhe isto ou aquilo e resigna-te ao
destino que te espera, semelhante ao comum dos mortais; um emprego que não me
traz felicidade ou me completa, uns míseros trocos que vão satisfazer minimamente
os meus vícios consumistas e talvez um marido que será a razão pela qual nunca
concretizarei os meus sonhos e uma montanha de crianças que vão eventualmente
extinguir o fogo que outrora me movia e me fazia sentir como alguém que podia
realmente fazer uma diferença neste mundo. Temos que enfrentar a realidade e
aceitar o nosso destino.
Mas no fundo de mim, no escuro da noite, quando não consigo dormir porque não paro de pensar e pensar… o desespero toma conta de mim e não consigo imaginar a vida assim, uma existência vazia de tudo… de alegria, de significado, de vida. Cada vez mais sinto que me perco, que aos poucos vou deixando a minha essência apagar-se…. E quase que não consigo reunir forças para lutar contra isto. Só queria uma resposta, só um sinal que aponte para o caminho que me levara à terra prometida… porque eu preciso de esperança neste momento frágil e incerto. Mas como sempre um ou dois clichés ocorrem-me, ninguém me pode dizer o que fazer ou escolher porque a vida é minha e o risco é meu e só meu; a vida é feita de alegrias e tristezas, de vitórias e perdas, acima de tudo é feita de momentos decisivos que podem influenciar definitivamente o rumo das nossas vidas.
Mais um dia, mais uma agonia… mais uma cambada de problemas
e questões sem resposta e que mais uma vez vou adiar a tomada de uma resolução
para amanha, e o amanha nunca chega…. Quem sabe um dia….
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