sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Entry 11#

Today I was reflecting about abandonment, poverty and homelessness – you see this city is wonderful but if we take a closer look we see reality, everywhere there is people sleeping on the streets and begging for money. It´s a disease that has increased alongside the economic crises our country is going through at the moment. More and more I see all kinds of people going through trash cans and searching for leftovers or clothes, or something they can sell to make money.

The other day I was having coffee with my family and 3 people that looked very hungry, asked for money to eat. I caught myself thinking so I asked my grandma, why do this people end up here? Don´t they have families that can care for them? Doesn´t anybody care? And I cried a little. I know I am ridiculous, but is it really that ridiculous to care about people and their suffering? What did they do to deserve to end up their days in the streets? I don´t believe in god, I have my reasons and I won´t get into that discussion because it is pointless and it only lead to trouble – so I realize they are victims of the harsh reality that is the poor economic management  our country suffers from.

Does anybody care? Every person is so obsessed and concern about their own lives and trivial problems, they don´t realize how lucky they are. That´s why they pass in front of these people and choose to ignore or pretend they don´t hear their cry. It is unfair that these human beings are seen as disposable citizens because they no longer contribute with work. We are people we´re not numbers on a computer! There are millions of houses that are sealed by the banks because their habitants can no longer pay their loans, so why can´t we give them to those in need? Maybe they can rise from the ashes and live with some dignity? Just because their selfish sons don´t give a damn doesn´t mean that we as a society are responsibility free! I feel so sad I have to be an adult in a world that is disappointing in so many aspects; I just want to live in a world that cares.


I´ll leave you to think about this, please reflect. If you can make an effort you´re making the difference that may be essential in the solution of this situation.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Entry 10#

So today I finally returned to civilization. Oh what a great feeling to come to my city and smell this air full of happiness and laughter (and air pollution and pigeon/seagulls poop)! I just love to jump around every place I love here, I never left Portugal but I think I´ll never love another city another city as much as I love Oporto. Here I feel at home, I feel like I belong to the painting – like a still figure, just looking innocent and joyful. I am passionate about many things in life but nothing compares to the love I feel for this place, the river, the old streets, the amazing library or the lovely city parks and the amazing nice people. Oh today I am all like seeing rainbows and unicorns everywhere, the whole pink sunglasses extravaganza.

Nevertheless this city now is a place of memories, memories that may be wonderful but that also make me tear up a bit. You see, my grandpa lived, part time, in this city of mine. As I walk down the street I remember how we used to walk it down together, just to go somewhere or nowhere at all. I remember all the things you loved to take me to see, the expositions, the landmarks or the coolest places you just adored. I know he wasn´t born here but I also know he felt like you were, partialy. I just feel that warm thinkling on my troath as I try to hold the tears. I poured my heart out on a piece of paper and cried deeply in the silence. 

I just miss him too much, so I need to pretend you aren´t gone, because that is the only way I can get up in the morning and live a kind of normal life. But I miss you so much, more than words can describe, and I ask myself what in the Lord´s name have I done wrong to deserve such punishment. I just want to remember you the way you were, perfect and only mine. I need you too much because there isn´t another human being that can validate me when I feel like shit. With a sweet embrace I just knew I was perfect the way I am.


I know this sounds a bit depressing but I just need to allow me to miss him and remenber what a wonderful human being he was. Today I thought, one day I will lose my family, and that reality tore me to pieces- I just cannot imagine me alone in the world, I prefer to die today. Remember to value the ones you love and tell them you love them every single day because one day you won´t be able to. I know I wished I had said it more, because now I can only say it to myself. Love with all your heart and have no regrets because live is too short for resentment. 


Fazes-me falta

Fazes-me falta. Fazes-me tanta falta que todos os dias finjo que estás aqui. Sorrio ao pensar que, tão naturalmente que parece verdade, estás no teu quarto a fazer as flexões matinais e a seguir vais tomar o pequeno-almoço para sair e começar mais um dia de trabalho, que amas fazer. Quando começo a pensar nas saudades que me trazem as lágrimas quentes aos olhos. Afasto-as com a mentira. Estás lá fora a aparar os arbustos, a regar a relva ou a enxertar mais um limoeiro. Quando chega a noite, e me aconchego nos lençóis frios, a dor de não te ter assombra meu pobre coração. Finjo que ainda não chegaste, mas que estás perto. Finjo que ouço a chave na porta e os passos leves no outro lado da porta do meu quarto para te ires deitar. E sorrio porque esta mentira aquece-me um pouco, estás do outro lado da porta, a poucos passos e se eu quiser posso abrir e abraçar-te. E sorrio falsamente, sorrio porque não quero pensar que já não estas ali, do outro lado. Só posso sorrir porque já não aguento o peso das lágrimas.

Fazes-me falta. Fazes-me tanta falta que todos os dias permito-me, por minutos, aceitar que já não estás aqui. Choro em silêncio. Todos os dias preciso de ti e não te tenho. E nunca mais te vou ter. E a dor é insuportável. Porque todos os dias te quero, todos os dias te amo, todos os dias preciso de ti. Mais ninguém neste mundo me conforta como tu, mais ninguém neste mundo me ama como tu, mais ninguém neste mundo me conhece e me aceita como tu. Todos os dias me sinto um pouco mais só, um pouco mais perdida, um pouco mais triste e não sei como fingir que isso não é verdade. Foste e levaste uma parte de mim, e não posso fingir que não me faz sentir uma falta desmesurada. Preciso de te abraçar, de te ouvir, de me sentir a menina mais sortuda do mundo por te ter para mim. Sou mimada porque me mimaste demais. Mimaste-me com amor e conforto. Mimaste-me com palavras que me faziam sentir especial e capaz de fazer tudo, capaz de te fazer sentir orgulhoso na mulher que criaste. E todos os dias me sinto mais pequena um bocadinho, porque não pudeste ver-me cumprir “o sonho”, ver-te na plateia com um olhar ternurento enquanto recebia o diploma da universidade, que tanto lutaste para que eu o merecesse. Pergunto-me porque é que já não estás comigo, porque é que te roubaram de mim, que mal fiz eu para agora estar um pouco mais abandonada neste grande mundo que sem ti faz menos sentido.


Hoje deixo-me chorar sangue sobre as minhas palavras e sentimentos profundos. Só hoje vou permitir-me admitir que me fazes falta. Fazes-me tanta falta. E fecho os olhos e sinto a tua presença. Sei que não estás aqui fisicamente mas a tua aura nunca me abandona, e com ela eu caminho passo a passo e tento fazer-te orgulhoso da pessoa que me fizeste. Fazes-me falta mas hoje estás aqui comigo, com uma mão sobre meu ombro dizendo-me também me fazes falta mas estou aqui.


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Portugal, Deprimente!

É com os olhos virgens de uma sonhadora que “amando”, esperançosamente, uns olhares esguios ao noticiário da TVI enquanto depenico nos resquícios do meu salmão grelhado – e dou por mim a rir tão incontrolavelmente que juraria ser milagre não me ter engasgado com uma espinha – para mim uma tragédia por dia é suficiente! O meu desdém pela comunicação social nacional já se demonstra bastante agravado, mas a cada dia a barra de qualidade atinge níveis extraordinários de inutilidade, estupidez e ridículo. É ridículo a quantidade de areia que tentam atirar-nos aos olhos - e o povo gosta! Que se pode fazer?

Quase que dou um “passe” aos comentários idióticos sobre a peça “Iowa legaliza a venda de armas de fogo a deficientes visuais” – porque é uma realidade aparte do resto do comum dos mortais, e claro porque nosotros (a.k.a. ocidente) comemos cultura norte americana às toneladas (see what I did there?), hmm melhor que caracóis não é? Olhem a lógica ocidental: Já que damos armas aos putos, que ainda não saíram do armário, e vai daí um dia apetece-lhes dar um tiro na testa do professor; porque não dar uma espingarda a uma pessoa que não consegue ver? O que é o pior que pode acontecer? Confundir a namorada com um assaltante e depois - porque claro que ninguém no seu juízo perfeito vai condenar este individuo – acabamos com uma jovem assassinada e um culpado que sai impune! E é este tipo de comportamento que estamos a gravar nas mentes influenciáveis das crianças, que no futuro vão matar a mãe porque esta não lhe comprou o novo jogo da playstation (ou o que quer que seja que os miúdos gostam hoje em dia, quem sabe?). A minha repulsa por tudo “americano” podia ter aumentado mas já estou imune, já nada me impressiona dali. E rio muito e honestamente, porque tristezas não pagam dividas e se não somos capazes de nos rir de nós próprios (e por “nós” digo sociedade), bem, nem vale a pena rir de nada!

Mas fico possessa quando de seguida dedicam um segmento, de 10 minutos à vontade, ao aperto de mão que o cristianinho deu a outro qualquer jogador – e que aparentemente deve ser algo raro no país ao lado - porque não vejo outra explicação para tanto alarido. E para acabar os dez minutos em beleza, as imagens mais “frescas” de um outro jogador que foi para não sei onde e que, preparem os vossos corações, terá problemas em adaptar-se à nova cultura e aposentos. Pobre rapaz deve ser mesmo chato largar as saias da mamã para ganhar mais uns míseros biliões. Estou mesmo preocupada com esta questão tão mais importante do que os idiotas dos americanos a oferecer bombas a literalmente qualquer pessoa que as quiser! Mais meus amigos, só em 2 ou 3 estados é que são obrigatórios exames visuais antes de obter a licença de posse de arma! O que significa que nem é preciso fazer testes para, sei lá, avaliar a capacidade mental necessária para saber distinguir quando usar uma arma, ou melhor, quando não a usar (que na minha opinião deveria ser 99% das vezes)! Como podem confirmar no vídeo, a licença até pode ser obtida na internet! Deus como é que é possível que a burrice desta “Nação” não esteja sob a nossa lupa todos os segundos de todos os dias?


Outras notícias de grande interesse nacional? O Passos Coelho inaugurou uma escola, e os professores de EVT estão no desemprego! Só eu vejo a ironia? A ignorância deve ser uma bênção! E mais areia para os olhos de todos nós. Fizeram a autópsia ao cadáver da criança que foi negligenciada pelo pai, mas que provavelmente foi só esquecimento por isso vai passar uma noite num quarto financiado pelo estado e amanha já nem se lembra disto. Uma pobre toureira está nos cuidados intensivos e o diagnóstico é reservado. Mais uma vez, sofro imenso por mais esta pessoa que ficou ferida ao incitar um animal inocente a, literalmente, atacá-la com o único propósito de entreter o povo num ritual de matança público – que lamento imenso queridos apreciadores, mais vale chamar: um regresso ao degradante espetáculo de gladiadores ao estilo do império romano. Só falta um idiota envolto num lençol a gritar “soltem as bestas”!


Hoje sinto-me uma velhota que vive na montanha e só sabe reclamar sobre o governo!

 E mais um tesourinho deprimente no capitulo da História de Portugal!