sábado, 30 de junho de 2012

Reflectindo ao som da chuva…


Com certeza que este pensamento ocorre a 6 biliões de pessoas no mundo! Pelo menos uma vez na vida! E com certeza que metade delas já escreveu sobre isso! Por vezes dizem “Oh escreves coisas que já toda a gente sabe” – bem eu não tenho intenções de copiar ninguém, nunca o fiz, se os meus pensamentos coincidem com os vossos ou de alguém muito mais culto que eu, que posso eu fazer? Reprimir o que me vai na alma? Visto que ninguém é obrigado a ler nada do que eu escrevo e eu sou livre de escrever o que bem me apetecer ai está….

Uma das coisas mais maravilhosas deste tempo “anormal” é que temos a possibilidade de estar deitados, numa noite como esta - a tentar adormecer á cerca de duas horas - e de repente ouvir aquelas bátegas de chuva.

Aquelas pesarosas bátegas de água pura. Sim, por vezes são demasiado pesadas na minha alma, e percorrem os sítios do meu íntimo que eu não queria percorrer – e fazem-me libertar rios de culpa, culpa que não é minha…. E assusta-me ver tão claramente as coisas, as coisas que me prendem… E murcho. Mas ultimamente sinto que algo mudou em mim, não vou aborrecer ninguém com os pormenores porque a minha vida é de facto aborrecida. ;) 

Source: http://black-street-white.blogspot.pt/

Agora estou aqui deitada, são 3 da manhã e ouço as lágrimas a baterem-me á janela, mas elas já não “beat me down” – já não me tiram a esperança. Ouço-as e abro a janela, e respiro o ar frio e húmido - e sorrio, e rio como uma louca. Às vezes incomodamo-nos com as coisas mais insignificantes como molhar o cabelo com um pouco de chuva – ou perder alguém que pensávamos ser nosso amigo – e é tudo tão ESTÚPIDO. Para quê? Temos a chuva! A chuva é revigorante! Limpa a alma e faz bem ao coração. “Depois da tempestade vem a bonança!” (Ou algo assim).

Eu não gostei nem um bocadinho da maldita tempestade mas agora estou tão limpa que quase quase me sinto uma folha branca pronta a ser escrita de novo – se bem que há coisas que nunca podem ser apagadas - como amor enorme que sinto dentro de mim por quem me ama e me respeita, e me apoia em todos os momentos.

Estavam a chegar as 3 da manhã, e eu não conseguia dormir. Não conseguia dormir porque estava demasiado excitada a pensar no que me reserva o amanhã, e tive medo… Mas a chuva cai lá fora e refresca os solos, e fortalece as plantas e limpa a sujidade. E eu senti-me corajosa e forte:D e ri-me como uma louca e agarrei os dedos dos pés com as mãos, como se fosse um bebé e senti-me genuinamente feliz – é a melhor sensação do mundo….

 Source:http://lynndove.wordpress.com/2011/07/20/baby-feet/


Aproveitem os pequenos momentos preciosos da vida, a felicidade é um bem tão precioso como a água que escorre do céu, e por vezes esquecemo-nos de como regá-la e tratá-la para que ela se mantenha para sempre viva em nós. Nos bons e maus momentos….

Só queria partilhar este momento com vocês, os que se importam com as minhas divagações infindáveis….

  

2 comentários:

  1. Tb estava acordada às 3h da manhã, e a chuva, e as lágrimas, e a esperança, dançavam à minha frente...e eu imaginei-me formiga a apanhar boleia numa folhita vadia que percorre um regozito por bosque adentro:))
    gostei de te ler...sempre;)

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  2. Ás vezes temos experiências assim, de pura felicidade sem razão absolutamente nenhuma - pura... A esperança é o que me faz continuar por vezes, por vezes são momentos pequeninos assim de felicidade pura... Apanha essa folha ;) deixa-te ir... Gosto sempre de ouvir de ti ;P

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Obrigado :) todas as criticas são bem- vindas....